segunda-feira, 14 de junho de 2010

Orientações Nutricionais para Gestantes


• Mastigar devagar os alimentos

• Alimentar-se várias vezes ao dia, em pequenas quantidades. Faça, em media, 5 ou 6 refeições/dia.

• Estabeleça horários regulares para alimentar-se.

• Beber bastante AGUA nos intervalos das refeições

• Consuma, se possível, 3 frutas ao dia, no mínimo. Elas são fonte de fibras, vitaminas e geralmente são pouco calóricas.

• Utilize uma fruta fonte de vitamina C como sobremesa do almoço e jantar. Elas ajudam na absorção de ferro. São elas: laranja, mexerica, morango,kiwi, goiaba, abacaxi, acerola....

• Não fume

•Não consuma bebidas alcoólicas.

• Evite excesso de sal e açúcar.

• Evite o uso de qualquer medicamentos, inclusive os laxantes, sem orientação médica.

• Preferir alimentos integrais: pães, biscoitos, arroz, massas.

• Evite o uso de adoçante, na duvida procure orientação de um nutricionista.

• Reduzir consumo de cafeína e alimentos que contenham substâncias semelhantes como café, chá, refrigerante a base de “cola”, chocolates.

• Evite líquidos durante as refeições. Esse hábito atrapalha o processo de digestão e pode predispor à azia.

• Em caso de náuseas ou vômitos evite alimentos muito temperados ou com odores forte.
Evite consumir alimentos industrializados e refrigerantes.

• Procure não deitar logo após as refeições, ou usar roupas muito apertadas.

• E, atenção: NÃO É NECESSÁRIO COMER EM DOBRO!!

• Para melhorar os sintomas de enjôo sugere-se consumir um alimento seco do tipo torrada ou biscoito “cream craker” pela manha.

Caso a gestante tenha alguma patologia como diabetes, hipertensão, hipotireoidismo, hipertireoidismo, obesidade ou outras, o ideal é procurar acompanhamento nutricional para permitir uma gravidez tranqüila sem comprometer a saúde materna e fetal!!!

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Por que o leite materno é o melhor alimento do mundo?

O leite materno é tão superior ao leite de vaca e às fórmulas infantis? Sim. De acordo com um novo estudo, o leite materno induz caminhos genéticos diferentes dos induzidos por outros tipos de leite. Apesar das empresas tentarem desenvolver fórmulas que se assemelham à composição do leite materno, milhares de genes foram expressados de forma diferentes em crianças amamentadas e crianças amamentadas com fórmulas (também chamados de leites maternizados). Apesar de os bebês crescerem e ganharem peso similarmente nos dois grupos, o leite materno contém muitos compostos imuno-protetores, o que diminui o risco de vários tipos de doenças em crianças. O trato digestório de crianças amamentadas também é diferente das não amamentadas, sugerindo que compostos bioativos do leite materno são responsáveis pelos benefícios. No estudo, as fezes de bebês com idades de 1, 2 e 3 meses foram coletadas. A partir deste material os cientistas conseguiram isolar células com material genético de ótima qualidade. As células intestinais dos bebês passam por muitas adaptações. Os bebês vieram de um ambiente estéril (a placenta) mas rapidamente seu trato digestório é colonizado por bactérias. É muito importante que o organismo e os intestinos aprendam o que é bom e o que é ruim (bactérias patogênicas, vírus, proteínas heterólogas). Se algo dá errado nesta fase o bebê pode desenvolver alergias alimentares, doenças inflamatórias intestinais e até asma.


O estudo aparecerá na edição de junho de 2010 do American Journal of Physiology, Gastrointestinal and Liver Physiology. Autores: Robert S. Chapkin, Chen Zhao, Ivan Ivanov, Laurie A. Davidson, Jennifer S. Goldsby, Joanne R. Lupton, e Edward R. Dougherty.



quinta-feira, 10 de junho de 2010

Higienize Bem a sua Salada




Uma pesquisa apresentada no 21º simpósio internacional 'Food Micro 2008', mostrou como a bactéria salmonela consegue se fixar aos folhosos de nossa salada, causando contaminação e riscos à saúde.

Intoxicações alimentares por Salmonella e E. coli são comumente associadas ao consumo de carnes contaminadas, já que estes patógenos vivem no intestino de vacas e aves. Contudo, novos casos de contaminação pelo consumo de salada têm sido relatados. Na Inglaterra, 23% das infecções intestinais, dentre os anos de 1996 e 2000, foram causadas por contaminação alimentar, sendo 4% ligadas às saladas.


Uma nova pesquisa, liderada pelo Professor Gadi Frankel do Colégio Imperial de Londres e desenvolvida pelo Dr. Rob Shaw e colaboradores da Unversidade de Birmingham, aprofundou o conhecimento na área. É sabido que a Salmonella e a E. coli O157 contaminam os vegetais em decorrência do uso de fertilizantes ou água contaminados ou mesmo durante o processamento, pelo contato com utensílios (facas, embalagens, tábuas etc) contaminados. Contudo, até então não se sabia como estes microorganismos conseguiam se fixar às folhas. O Professor Frankel e seus colaboradores descobriram que os flagelos da Salmonella conseguem se ligar às folhas, como dedos. Para testar esta hipótese os pesquisadores "fabricaram" uma Salmonella geneticamente modificada sem os flagelos e observaram que as mesmas não conseguiam se ligar aos vegetais.


Os próximos passos dos pesquisadores envolvem descobrir como os diferentes folhosos são afetados pela bactéria, já que algumas folhas são mais susceptíveis à contaminação do que outras.


O mesmo grupo de pesquisadores já havia descoberto previamente como a E. coli 0157 se liga as folhas. Este patógeno utiliza minúsculos filamentos, normalmente utilizados para injetar proteínas nas células humanas, para atacar as folhas, causando contaminação e um maior risco à saúde.


O entendimento da forma como os patógenos ligam-se aos alimentos é muito importante para que os cientistas consigam desenvolver novos métodos de descontaminação destes produtos. As contaminações pelas saladas estão aumentando já que é maior o número de pessoas que se alimentam fora de casa, em locais muitas vezes longe de serem um exemplo de boas práticas. Além disso, vem aumentado o número de indivíduos que compram hortaliças pré-higienizadas ou pré-
mal-higienizadas.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Decifrando os Ovos de Páscoa

Em outros tempos a Páscoa poderia ser sinônimo de sacrifício, privação, chateação ou até mesmo grande descontrole na glicemia para as pessoas com Diabetes. Até mesmo aqueles que não têm a Páscoa em seu calendário, deparam-se com aquelas formas ovais, papéis coloridos e recheios indescritíveis.

Para amenizar o possível caos, chegaram os ovos de Páscoa diet, com a proposta de substituir o açúcar (até então proibido) por adoçantes, podendo ser ingerido por quem tem Diabetes Mellitus. No entanto, um fato muitas vezes ignorado, é que embora o chocolate diet tenha sido modificado, não contendo açúcar, possui outros carboidratos, que podem também elevar a glicemia.
Graças a vários estudos, desde 1994 a ADA (American Diabetes Association) demonstra que a sacarose, desde que substituída por outro carboidrato, não aumenta a glicemia mais do que qualquer outro carboidrato. Assim sendo, dentro de um contexto saudável, o chocolate pode sim ser inserido no plano alimentar de quem tem Diabetes.
E para que não haja tanta confusão, aqui está um Mini Guia de Sobrevivência para a Páscoa:
1. Internalize o real significado da Páscoa, que com certeza não é… devorar chocolates!!
2. Compare os rótulos do chocolate comum e diet, aquele com menor quantidade de carboidrato poderá ter menor efeito na glicemia, desde que, consumido em quantidades equivalentes.
3. Para saber se o chocolate está dentro do que consideramos saudável, verifique a quantidade total de gordura. O saudável é que a cada 15 gramas de carboidrato o alimento contenha até 5g de gordura total. Não são raras as vezes que o chocolate diet tem maior quantidade de gordura quando comparado ao chocolate comum. Outro ponto a ser avaliado é que a glicemia, após a grande ingestão de gorduras, pode elevar-se após 3-5 horas.
4. Tente encaixar a porção de seu ovo de Páscoa no seu plano alimentar, respeitando horários e quantidades. Desta forma, você estará mantendo a glicemia dentro do normal e também mantendo seu peso. E em partes, por exemplo, 30 gramas de chocolate ao leite comum, equivale em termos de carboidrato, a 1 fatia de pão com margarina .
5. Divida os ovos de Páscoa com sua família, eles não precisam ser consumidos de uma só vez.
Se você segue a Terapia Nutricional “Contagem de Carboidratos”, converse com sua equipe para aprender ou retomar a relação insulina: carboidrato, pensando em manter a normoglicemia mesmo em situações que fujam da rotina.



Por Dra. Luciana Bruno, nutricionista com especialização em Nutrição Materno Infantil pela UNIFES; e membro do Departamento de Nutrição da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) 2006/2007.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Qual a diferença entre Diet e Light?


É fácil confundir diet e light. Por isso, sempre leia os rótulos com atenção para saber qual tipo de produto é mais adequado ao seu perfil.

“É fácil confundir os dois conceitos”, reconhece o presidente da Abiad (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres), Carlos Eduardo Gouvea. “Por isso, a leitura dos rótulos dos produtos é fundamental”.

Não confunda diet e light

Diet e Light nem sempre são sinônimos. Tecnicamente, existe uma diferença sutil, porém simples de compreender, que pode passar despercebida pelo consumidor - principalmente aquele que não está acostumado a ler os rótulos dos produtos.

“É fácil confundir os dois conceitos”, reconhece o presidente da Abiad (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres), Carlos Eduardo Gouvea. “Por isso, a leitura dos rótulos dos produtos é fundamental”

Quem tem restrições nutricionais específicas, deve consumir produtos diet

Um alimento diet é aquele isento de determinado nutriente, como o glúten, o açúcar, o sódio, o colesterol ou a gordura, por exemplo. São produtos que foram desenvolvidos, em sua essência, para atender a grupos específicos, como as pessoas que vivem com diabetes ou os celíacos (alérgicos a glúten). Por isso, não basta que a inscrição diet venha impressa na embalagem. É preciso especificar, no rótulo, que substância foi retirada ou substituída na fórmula.

Os produtos com a inscrição diet também podem ser utilizados em dietas de emagrecimento e reeducação alimentar; mas vale lembrar que nem sempre a isenção de uma substância implica em redução de calorias. Vem daí a confusão.

Muita gente interpreta o termo inglês diet, que pode ser entendido como “dietético”, como light. No entanto, a tradução da palavra é mais ao pé da letra e quer dizer apenas “dieta” mesmo – seja ela para emagrecer, para evitar reações alérgicas (no caso dos celíacos) ou para ajudar no tratamento de doenças metabólicas (como o diabetes).

O light surgiu para o consumidor que se preocupa com a saúde

Já os produtos com a distinção light, que em inglês significa “leve”, não precisam, necessariamente, ter isenção total de certo ingrediente. Basta uma redução de, no mínimo, 25%, indicada na embalagem.

Ao contrário dos alimentos diet, os produtos light não foram desenvolvidos para atender às necessidades nutricionais de determinado grupo. Eles surgiram para suprir a demanda de uma fatia crescente da população, que se preocupa com o bem-estar e a manutenção da saúde.

“Por isso, o light e o diet trilharam caminhos diferentes. O conceito de light ficou atrelado à qualidade de vida e o de diet, à doença”, explica Gouvea. “Mas não é bem assim. Muitos produtos podem ser light e diet ao mesmo tempo e consumidos tanto por quem tem necessidades nutricionais específicas, como por quem quer controlar o peso por motivos estéticos, por exemplo”.

O zero é para quem não é diet, nem light

Os chamados alimentos zero tanto podem ser diet, quanto light – a diferença está no conceito e não nos ingredientes usados na fabricação.

Produtos zero são aqueles destinados aos consumidores que não se identificam nem com o diet, nem com o light, como os adolescentes e os adultos do sexo masculino. Não há nenhuma diferença na fórmula; o que muda é o público.

Por isso, mais uma vez, a dica é jamais esquecer de verificar os rótulos dos produtos antes de comprar.


quinta-feira, 3 de junho de 2010

Papel do Nutricionista na Alimentação Escolar


1) O que é o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE)?
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), conduzido pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC), garante o repasse de verbas federais para que os Estados e municípios forneçam alimentação escolar (merenda) aos alunos matriculados na rede pública de ensino.

A proposta do PNAE é suprir 15% das necessidades nutricionais diárias, especialmente quanto aos valores de calorias e proteína, para atendimento ao escolar, pré-escolar e alunos de creche.

2) Qual é o papel do nutricionista na Alimentação Escolar?
A atuação do nutricionista na Alimentação Escolar remonta ao início do programa, em 1955, e continua até os dias de hoje, pois se trata de um importante programa de atenção à saúde de uma parcela especialmente vulnerável da população.

Os Programas de Alimentação Escolar existentes hoje, gerenciados pelos municípios e Estados brasileiros, apresentam diversos níveis de centralização das atividades que levam à consecução dos objetivos do Programa e pressupõem a realização de uma série de ações que permitem a obtenção do produto final esperado, qual seja uma alimentação balanceada, específica para a população-alvo a que se destina, com características técnicas e prevendo um componente educativo.

A atuação do nutricionista nesses programas é garantida pela legislação atual, colocando esse profissional como o responsável técnico (RT) junto ao governo federal, especialmente na elaboração de cardápios. O Conselho Federal dos Nutricionistas (CFN) também garante essa atuação, por meio de resoluções específicas.

O nutricionista tem inúmeras atividades a desempenhar neste programa, quer seja funcionário da prefeitura ou Estado gerenciadores, quer seja funcionário das empresas fornecedoras de serviço terceirizado nessa área. De qualquer maneira, seu papel é extremamente abrangente, pois pode e deve atuar em vários níveis da gestão desse programa, tais como:

3) Quais são as atividades que o nutricionista desempenha neste programa?
• Definição dos parâmetros nutricionais: Requer conhecimento da população-alvo e suas deficiências nutricionais, comportamento, peculiaridades hábitos alimentares, nível sócio-econômico e outros.

• Planejamento de cardápios: Em função de vários parâmetros, é estabelecida a composição padrão do cardápio que será servido às crianças.

• Programação: A partir do cardápio estabelecido, é feita a programação de quantidades de produtos a serem adquiridos.

• Supervisão: Garante o cumprimento dos cardápios, o preparo correto da merenda e a manutenção da segurança higiênica e sanitária.

• Treinamento: O pessoal encarregado do preparo da merenda escolar (merendeiras) deve ser treinado e reciclado periodicamente.

• Análise de valor nutritivo: Garante o atendimento às determinações legais de oferta de nutrientes.

• Avaliação: Os programas de suplementação alimentar em geral e o de merenda escolar, em especial, têm sofrido poucas avaliações por parte dos órgãos gerenciadores. É de suma importância que se avalie o impacto da alimentação sobre os escolares, em relação ao estado nutricional, desenvolvimento, nível de aprendizagem, grau de retenção e evasão escolar.

• Testes de aceitabilidade: Os produtos a serem introduzidos no cardápio escolar devem ser avaliados sensorialmente, tanto em nível técnico, pelos profissionais do programa, como em campo, pelas crianças.

• Educação alimentar e nutricional: A escola é o ambiente ideal para tal atividade e a alimentação escolar é uma das principais ferramentas.

Além dessas atividades, de caráter gerencial, existem aquelas operacionais, que são executadas em qualquer serviço de alimentação para coletividades. Para tais atividades, o nutricionista é o profissional legalmente habilitado para supervisionar, coordenar e controlar sua execução: recebimento dos produtos; armazenamento dos gêneros alimentícios; pré-preparo, preparo e distribuição das refeições; e higienização e controle de qualidade.


Autor

Dra. Beatriz Tenuta