quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Leis Regulam Atividade de Nutricionistas e Médicos

Para entender a prescrição dietética, cabe ao nutricionista o planejamento dietético, elaborado com base nas diretrizes estabelecidas no diagnóstico nutricional. É o profissional que estabelece a composição qualitativa, quantitativa,o fracionamento e a forma de apresentação das preparações nutricionais aos pacientes.

O profissional da área de nutrição tem o respaldo da Lei nº 8.234, de 17 de setembro de 1991, no qual o inciso VII do art. 3º menciona que ele pode solicitar os exames laboratoriais que julgar necessários à avaliação, prescrição e evolução nutricional do paciente.

Este trecho da legislação dispõe como atividade específica do nutricionista a assistência dietoterápica hospitalar, ambulatorial e de consultórios de nutrição e dietética, prescrevendo, planejando e avaliando dietas para enfermos. O inciso VIII do art 4º (Lei nº 8.234) ainda atribui ao profissional a competência para solicitar exames laboratoriais necessários para o acompanhamento dietoterápico.

“É importante destacar que o nutricionista atua sempre levando em conta os aspectos globais do paciente, respeitando a bioética, desenvolvendo a assistência integrada à equipe multidisciplinar e aos diagnósticos, laudos e pareceres desenvolvidos pelos membros desta equipe”, comenta Dulce Lopes Barboza Ribas, membro da Comissão de Ética do Conselho Regional de Nutricionistas - 3ª Região (São Paulo e Mato Grosso do Sul).

Dulce completa que, ao solicitar exames laboratoriais, o nutricionista avalia adequadamente os critérios técnicos de sua conduta, ciente da responsabilidade em relação aos possíveis questionamentos decorrentes de sua atuação.

“Consideramos que inúmeras doenças podem e devem ser tratadas por vários profissionais de saúde, por vezes com uma atuação específica ou de forma articulada com as demais especialidades. Diante deste quadro, é dever de todos que se esforçam por melhorar a qualidade de saúde da população lutar para a ampliação do acesso à uma saúde integral e de qualidade”.

No Estado de São Paulo, os Conselhos da Saúde firmaram um compromisso que concede os direitos a todos os profissionais de saúde em fazer o diagnóstico, prescrição terapêutica e prognóstico em suas respectivas áreas de atuação.

A nova regulamentação da medicina

O CRN 3ª Região se posiciona de maneira clara com relação à luta e à garantia do atendimento à saúde de forma multidisciplinar, em favor da autonomia dos nutricionistas para emitir diagnósticos próprios de sua área de atuação e realizar a assistência dietoterápica, garantida por lei.

Seguindo este mesmo viés, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto que regulamenta a profissão do médico (PL 7703/06), que define as atividades privativas dos médicos, na forma do substituto da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, com emendas do relator e deputado Eleuses Paiva (DEM-SP).

Entre as emendas aprovadas, existe uma determinando que os diagnósticos psicológicos, nutricionais e socioambientais não são privativos dos médicos, assim como as avaliações comportamentais e das capacidades mental, sensoriais, perceptocognitiva e psicomotora.

“É preciso acompanhar de perto a proposta que tramita em regime de urgência. Entendemos que a população tem direito a livre acesso aos profissionais da saúde, sem que tenham de passar obrigatoriamente e em primeiro lugar por uma consulta médica”, defende Dulce.

Histórico do Projeto de Lei 7703/06

Em 2006, depois de muitos debates entre médicos e outros profissionais do setor, o PL 7703 foi aprovado no Senado Federal. Na Câmara, recebeu parecer favorável nas Comissões de Trabalho, Administração e Serviço Público e de Educação e Cultura. Em 14 de outubro, o projeto também foi aprovado, por unanimidade, na Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) da Câmara dos Deputados.

Em 21 de outubro, foi a vez da Câmara dos Deputados aprovar o projeto, que define as atividades privativas dos médicos. Até então, a profissão do médico era a única na área ainda sem regulamentação. Todas as 14 demais já possuem legislação própria.

O projeto retorna agora ao Senado para apreciação das alterações ocorridas durante sua tramitação na Câmara, mas não pode mais sofrer emendas. Depois disso, seguirá para sanção presidencial. A previsão é que esteja aprovado até o fim de novembro.


Autor: Chico Damaso do site Nutritotal

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Por que o espinafre faz mal à saúde

O consumo do espinafre aumenta a cada dia que passa. O famoso marinheiro Popeye, faz propaganda do alimento, dando a entender que quem come espinafre está sempre forte e pronto para superar qualquer obstáculo. O que poucos sabem, é que no mesmo país de origem do desenho (Estados Unidos), há algumas décadas atrás, a ingestão de leite batido com espinafre (o objetivo era enriquecer a bebida com ferro), causou a morte de crianças recém-nascidas. A doença ficou conhecida como doença do branco do olho azul, pois o branco dos olhos ficava dessa cor. Posteriormente, descobriu-se que a presença do espinafre no leite era a causadora da tragédia, mas na época (1951) o fato foi encoberto e o desenho do marinheiro Popeye continuou a ser exibido.

Por que devemos tomar cuidado com o espinafre

O espinafre é um dos alimentos vegetais que mais contém cálcio e ferro. Entretanto, esses dois minerais são pouquíssimo aproveitados pelo nosso corpo, já que o alto teor de ácido oxálico no vegetal inibe a absorção e a boa utilização desses minerais pelo nosso organismo. Os estudos mostram também que o ácido oxálico do espinafre pode interferir com a absorção do cálcio presente em leites e seus derivados.
Esse fato sugere que o espinafre em uma refeição pode reduzir a biodisponibilidade de cálcio de outras fontes que são consumidas ao mesmo tempo. Por isso, se no seu almoço você comeu uma torta de queijo com espinafre, tenha certeza que grande parte do cálcio do queijo não foi utilizada pelo seu organismo.
Outra grande preocupação é o possível efeito tóxico que a ingestão de grandes quantidades dos fatores antinutricionais presentes na planta pode causar nas pessoas. Com o objetivo de avaliar todos esses problemas, uma pesquisa, que resultou em uma tese de mestrado, foi desenvolvida na ESALQ/USP sob minha orientação. O estudo intitulado "Avaliação química, protéica e biodisponibilidade de cálcio nas folhas de couve-manteiga, couve-flor e espinafre" teve como objetivos verificar se determinadas plantas podiam ser utilizadas na dieta humana, sem causarem prejuízos à saúde e o bem-estar do indivíduo.
A pesquisa da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP)
As folhas estudadas foram adquiridas no comércio local e a folha de espinafre foi também adquirida de outros dois locais: da Fazendinha da UNIMEP e da horta do Departamento de Horticultura da ESALQ/USP. Essas folhas foram lavadas, secas em estufa e moídas. A seguir, foram acrescentadas nas dietas que foram avaliadas durante o ensaio experimental com duração de 30 dias.


Resultados
Os resultados começaram a impressionar quando verificamos os teores dos dois fatores antinutricionais investigados: ácido fítico e oxálico. A folha de espinafre apresentou valores muito altos em relação às demais. Como conseqüência desse fato, os animais alimentados com a folha de espinafre morreram na primeira semana, e portanto, não puderam ser avaliados até o final do estudo. Várias tentativas foram feitas, utilizando dietas com folhas de espinafre cozidas (acreditávamos que o calor pudesse destruir os fatores tóxicos presentes) ou folhas de espinafre provenientes de outros locais (livres de agrotóxicos que pudessem ter influência).
Contudo os mesmos resultados repetiram-se, ou seja, houve a morte dos animais com hemorragia, tremores e perda de peso. Os rins dos animais mortos foram retirados e analisados pela Faculdade de Odontologia de Piracicaba/UNICAMP. De acordo com o laudo apresentado pelo Departamento de Patologia, foi comprovado inchaço renal, indicando uma nefrotoxidade, edema celular e depósito de substâncias aparentemente cristalizadas nos túbulos renais, o que provoca disfunção renal.
De acordo com vários pesquisadores, a explicação provável estaria na presença do ácido oxálico no alimento, que além de causar um balanço negativo de cálcio e ferro, em doses superiores a 2g/Kg de peso, pode causar toxicidade nos rins. Já o ácido fítico, quando na proporção de 1% na dieta, seria o responsável pela redução do crescimento dos animais jovens. Na década de 80, estudos já atribuíam ao ácido oxálico sintomas como lesões corrosivas na boca e trato-intestinal, hemorragias e cólica renal, causados pela ingestão de plantas ricas nesta substância. De acordo com esses mesmos estudos, o espinafre que possui a relação de ácido oxálico/cálcio superior a 3, deve ser evitado. Na nossa pesquisa isso foi observado.

Com relação às demais folhas, couve-manteiga e couve-flor, não foi observado nenhum efeito tóxico, verificando-se que a melhor biodisponibilidade e retenção de cálcio nos ossos (73%) ocorreu nos animais que ingeriram a dieta contendo couve-manteiga.
Os resultados desse estudo nos levam a acreditar que o consumo de espinafre deve ser substituído por outros vegetais folhosos, já que os efeitos proporcionados pela ingestão das substâncias antinutricionais presentes na folha, podem ser prejudiciais à absorção de nutrientes importantes para nossa saúde, e essas mesmas substâncias podem causar sérios problemas tóxicos.
Os resultados também sugerem que além da grande presença de ácido oxálico e fítico, provavelmente a folha do espinafre contenha outras substâncias tóxicas, que supostamente levaram à óbito os animais do estudo, bem como causaram o incidente com os recém-nascidos nos Estados Unidos. Essas substâncias, ainda não identificadas, exerceriam ações tóxicas em pessoas mais sensíveis e levariam a chamada "doença do branco do olho azul". Fica claro, portanto, a necessidade de mais estudos elucidativos a respeito do assunto.
Finalizando, a minha dica é que todos procurem dar preferência a outros vegetais folhosos em substituição ao espinafre: a couve, brócolis, folha de mostarda, agrião, as folhas de cenoura, beterraba e couve flor e leguminosas como os feijões, ervilhas, lentilhas e soja são as melhores opções para quem quer consumir fontes alternativas de cálcio e ferro.

* Profª. Titular de Vida Saudável da ESALQ/USP/Campus Piracicaba. Autora dos livros: "Previna Doenças. Faça do Alimento o seu Medicamento" e "Pharmácia de Alimentos. Recomendações para Prevenir e Controlar Doenças", editora Madras.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Orientações Nutricionais para Gestantes


• Mastigar devagar os alimentos

• Alimentar-se várias vezes ao dia, em pequenas quantidades. Faça, em media, 5 ou 6 refeições/dia.

• Estabeleça horários regulares para alimentar-se.

• Beber bastante AGUA nos intervalos das refeições

• Consuma, se possível, 3 frutas ao dia, no mínimo. Elas são fonte de fibras, vitaminas e geralmente são pouco calóricas.

• Utilize uma fruta fonte de vitamina C como sobremesa do almoço e jantar. Elas ajudam na absorção de ferro. São elas: laranja, mexerica, morango,kiwi, goiaba, abacaxi, acerola....

• Não fume

•Não consuma bebidas alcoólicas.

• Evite excesso de sal e açúcar.

• Evite o uso de qualquer medicamentos, inclusive os laxantes, sem orientação médica.

• Preferir alimentos integrais: pães, biscoitos, arroz, massas.

• Evite o uso de adoçante, na duvida procure orientação de um nutricionista.

• Reduzir consumo de cafeína e alimentos que contenham substâncias semelhantes como café, chá, refrigerante a base de “cola”, chocolates.

• Evite líquidos durante as refeições. Esse hábito atrapalha o processo de digestão e pode predispor à azia.

• Em caso de náuseas ou vômitos evite alimentos muito temperados ou com odores forte.
Evite consumir alimentos industrializados e refrigerantes.

• Procure não deitar logo após as refeições, ou usar roupas muito apertadas.

• E, atenção: NÃO É NECESSÁRIO COMER EM DOBRO!!

• Para melhorar os sintomas de enjôo sugere-se consumir um alimento seco do tipo torrada ou biscoito “cream craker” pela manha.

Caso a gestante tenha alguma patologia como diabetes, hipertensão, hipotireoidismo, hipertireoidismo, obesidade ou outras, o ideal é procurar acompanhamento nutricional para permitir uma gravidez tranqüila sem comprometer a saúde materna e fetal!!!

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Por que o leite materno é o melhor alimento do mundo?

O leite materno é tão superior ao leite de vaca e às fórmulas infantis? Sim. De acordo com um novo estudo, o leite materno induz caminhos genéticos diferentes dos induzidos por outros tipos de leite. Apesar das empresas tentarem desenvolver fórmulas que se assemelham à composição do leite materno, milhares de genes foram expressados de forma diferentes em crianças amamentadas e crianças amamentadas com fórmulas (também chamados de leites maternizados). Apesar de os bebês crescerem e ganharem peso similarmente nos dois grupos, o leite materno contém muitos compostos imuno-protetores, o que diminui o risco de vários tipos de doenças em crianças. O trato digestório de crianças amamentadas também é diferente das não amamentadas, sugerindo que compostos bioativos do leite materno são responsáveis pelos benefícios. No estudo, as fezes de bebês com idades de 1, 2 e 3 meses foram coletadas. A partir deste material os cientistas conseguiram isolar células com material genético de ótima qualidade. As células intestinais dos bebês passam por muitas adaptações. Os bebês vieram de um ambiente estéril (a placenta) mas rapidamente seu trato digestório é colonizado por bactérias. É muito importante que o organismo e os intestinos aprendam o que é bom e o que é ruim (bactérias patogênicas, vírus, proteínas heterólogas). Se algo dá errado nesta fase o bebê pode desenvolver alergias alimentares, doenças inflamatórias intestinais e até asma.


O estudo aparecerá na edição de junho de 2010 do American Journal of Physiology, Gastrointestinal and Liver Physiology. Autores: Robert S. Chapkin, Chen Zhao, Ivan Ivanov, Laurie A. Davidson, Jennifer S. Goldsby, Joanne R. Lupton, e Edward R. Dougherty.



quinta-feira, 10 de junho de 2010

Higienize Bem a sua Salada




Uma pesquisa apresentada no 21º simpósio internacional 'Food Micro 2008', mostrou como a bactéria salmonela consegue se fixar aos folhosos de nossa salada, causando contaminação e riscos à saúde.

Intoxicações alimentares por Salmonella e E. coli são comumente associadas ao consumo de carnes contaminadas, já que estes patógenos vivem no intestino de vacas e aves. Contudo, novos casos de contaminação pelo consumo de salada têm sido relatados. Na Inglaterra, 23% das infecções intestinais, dentre os anos de 1996 e 2000, foram causadas por contaminação alimentar, sendo 4% ligadas às saladas.


Uma nova pesquisa, liderada pelo Professor Gadi Frankel do Colégio Imperial de Londres e desenvolvida pelo Dr. Rob Shaw e colaboradores da Unversidade de Birmingham, aprofundou o conhecimento na área. É sabido que a Salmonella e a E. coli O157 contaminam os vegetais em decorrência do uso de fertilizantes ou água contaminados ou mesmo durante o processamento, pelo contato com utensílios (facas, embalagens, tábuas etc) contaminados. Contudo, até então não se sabia como estes microorganismos conseguiam se fixar às folhas. O Professor Frankel e seus colaboradores descobriram que os flagelos da Salmonella conseguem se ligar às folhas, como dedos. Para testar esta hipótese os pesquisadores "fabricaram" uma Salmonella geneticamente modificada sem os flagelos e observaram que as mesmas não conseguiam se ligar aos vegetais.


Os próximos passos dos pesquisadores envolvem descobrir como os diferentes folhosos são afetados pela bactéria, já que algumas folhas são mais susceptíveis à contaminação do que outras.


O mesmo grupo de pesquisadores já havia descoberto previamente como a E. coli 0157 se liga as folhas. Este patógeno utiliza minúsculos filamentos, normalmente utilizados para injetar proteínas nas células humanas, para atacar as folhas, causando contaminação e um maior risco à saúde.


O entendimento da forma como os patógenos ligam-se aos alimentos é muito importante para que os cientistas consigam desenvolver novos métodos de descontaminação destes produtos. As contaminações pelas saladas estão aumentando já que é maior o número de pessoas que se alimentam fora de casa, em locais muitas vezes longe de serem um exemplo de boas práticas. Além disso, vem aumentado o número de indivíduos que compram hortaliças pré-higienizadas ou pré-
mal-higienizadas.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Decifrando os Ovos de Páscoa

Em outros tempos a Páscoa poderia ser sinônimo de sacrifício, privação, chateação ou até mesmo grande descontrole na glicemia para as pessoas com Diabetes. Até mesmo aqueles que não têm a Páscoa em seu calendário, deparam-se com aquelas formas ovais, papéis coloridos e recheios indescritíveis.

Para amenizar o possível caos, chegaram os ovos de Páscoa diet, com a proposta de substituir o açúcar (até então proibido) por adoçantes, podendo ser ingerido por quem tem Diabetes Mellitus. No entanto, um fato muitas vezes ignorado, é que embora o chocolate diet tenha sido modificado, não contendo açúcar, possui outros carboidratos, que podem também elevar a glicemia.
Graças a vários estudos, desde 1994 a ADA (American Diabetes Association) demonstra que a sacarose, desde que substituída por outro carboidrato, não aumenta a glicemia mais do que qualquer outro carboidrato. Assim sendo, dentro de um contexto saudável, o chocolate pode sim ser inserido no plano alimentar de quem tem Diabetes.
E para que não haja tanta confusão, aqui está um Mini Guia de Sobrevivência para a Páscoa:
1. Internalize o real significado da Páscoa, que com certeza não é… devorar chocolates!!
2. Compare os rótulos do chocolate comum e diet, aquele com menor quantidade de carboidrato poderá ter menor efeito na glicemia, desde que, consumido em quantidades equivalentes.
3. Para saber se o chocolate está dentro do que consideramos saudável, verifique a quantidade total de gordura. O saudável é que a cada 15 gramas de carboidrato o alimento contenha até 5g de gordura total. Não são raras as vezes que o chocolate diet tem maior quantidade de gordura quando comparado ao chocolate comum. Outro ponto a ser avaliado é que a glicemia, após a grande ingestão de gorduras, pode elevar-se após 3-5 horas.
4. Tente encaixar a porção de seu ovo de Páscoa no seu plano alimentar, respeitando horários e quantidades. Desta forma, você estará mantendo a glicemia dentro do normal e também mantendo seu peso. E em partes, por exemplo, 30 gramas de chocolate ao leite comum, equivale em termos de carboidrato, a 1 fatia de pão com margarina .
5. Divida os ovos de Páscoa com sua família, eles não precisam ser consumidos de uma só vez.
Se você segue a Terapia Nutricional “Contagem de Carboidratos”, converse com sua equipe para aprender ou retomar a relação insulina: carboidrato, pensando em manter a normoglicemia mesmo em situações que fujam da rotina.



Por Dra. Luciana Bruno, nutricionista com especialização em Nutrição Materno Infantil pela UNIFES; e membro do Departamento de Nutrição da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) 2006/2007.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Qual a diferença entre Diet e Light?


É fácil confundir diet e light. Por isso, sempre leia os rótulos com atenção para saber qual tipo de produto é mais adequado ao seu perfil.

“É fácil confundir os dois conceitos”, reconhece o presidente da Abiad (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres), Carlos Eduardo Gouvea. “Por isso, a leitura dos rótulos dos produtos é fundamental”.

Não confunda diet e light

Diet e Light nem sempre são sinônimos. Tecnicamente, existe uma diferença sutil, porém simples de compreender, que pode passar despercebida pelo consumidor - principalmente aquele que não está acostumado a ler os rótulos dos produtos.

“É fácil confundir os dois conceitos”, reconhece o presidente da Abiad (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres), Carlos Eduardo Gouvea. “Por isso, a leitura dos rótulos dos produtos é fundamental”

Quem tem restrições nutricionais específicas, deve consumir produtos diet

Um alimento diet é aquele isento de determinado nutriente, como o glúten, o açúcar, o sódio, o colesterol ou a gordura, por exemplo. São produtos que foram desenvolvidos, em sua essência, para atender a grupos específicos, como as pessoas que vivem com diabetes ou os celíacos (alérgicos a glúten). Por isso, não basta que a inscrição diet venha impressa na embalagem. É preciso especificar, no rótulo, que substância foi retirada ou substituída na fórmula.

Os produtos com a inscrição diet também podem ser utilizados em dietas de emagrecimento e reeducação alimentar; mas vale lembrar que nem sempre a isenção de uma substância implica em redução de calorias. Vem daí a confusão.

Muita gente interpreta o termo inglês diet, que pode ser entendido como “dietético”, como light. No entanto, a tradução da palavra é mais ao pé da letra e quer dizer apenas “dieta” mesmo – seja ela para emagrecer, para evitar reações alérgicas (no caso dos celíacos) ou para ajudar no tratamento de doenças metabólicas (como o diabetes).

O light surgiu para o consumidor que se preocupa com a saúde

Já os produtos com a distinção light, que em inglês significa “leve”, não precisam, necessariamente, ter isenção total de certo ingrediente. Basta uma redução de, no mínimo, 25%, indicada na embalagem.

Ao contrário dos alimentos diet, os produtos light não foram desenvolvidos para atender às necessidades nutricionais de determinado grupo. Eles surgiram para suprir a demanda de uma fatia crescente da população, que se preocupa com o bem-estar e a manutenção da saúde.

“Por isso, o light e o diet trilharam caminhos diferentes. O conceito de light ficou atrelado à qualidade de vida e o de diet, à doença”, explica Gouvea. “Mas não é bem assim. Muitos produtos podem ser light e diet ao mesmo tempo e consumidos tanto por quem tem necessidades nutricionais específicas, como por quem quer controlar o peso por motivos estéticos, por exemplo”.

O zero é para quem não é diet, nem light

Os chamados alimentos zero tanto podem ser diet, quanto light – a diferença está no conceito e não nos ingredientes usados na fabricação.

Produtos zero são aqueles destinados aos consumidores que não se identificam nem com o diet, nem com o light, como os adolescentes e os adultos do sexo masculino. Não há nenhuma diferença na fórmula; o que muda é o público.

Por isso, mais uma vez, a dica é jamais esquecer de verificar os rótulos dos produtos antes de comprar.


quinta-feira, 3 de junho de 2010

Papel do Nutricionista na Alimentação Escolar


1) O que é o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE)?
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), conduzido pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC), garante o repasse de verbas federais para que os Estados e municípios forneçam alimentação escolar (merenda) aos alunos matriculados na rede pública de ensino.

A proposta do PNAE é suprir 15% das necessidades nutricionais diárias, especialmente quanto aos valores de calorias e proteína, para atendimento ao escolar, pré-escolar e alunos de creche.

2) Qual é o papel do nutricionista na Alimentação Escolar?
A atuação do nutricionista na Alimentação Escolar remonta ao início do programa, em 1955, e continua até os dias de hoje, pois se trata de um importante programa de atenção à saúde de uma parcela especialmente vulnerável da população.

Os Programas de Alimentação Escolar existentes hoje, gerenciados pelos municípios e Estados brasileiros, apresentam diversos níveis de centralização das atividades que levam à consecução dos objetivos do Programa e pressupõem a realização de uma série de ações que permitem a obtenção do produto final esperado, qual seja uma alimentação balanceada, específica para a população-alvo a que se destina, com características técnicas e prevendo um componente educativo.

A atuação do nutricionista nesses programas é garantida pela legislação atual, colocando esse profissional como o responsável técnico (RT) junto ao governo federal, especialmente na elaboração de cardápios. O Conselho Federal dos Nutricionistas (CFN) também garante essa atuação, por meio de resoluções específicas.

O nutricionista tem inúmeras atividades a desempenhar neste programa, quer seja funcionário da prefeitura ou Estado gerenciadores, quer seja funcionário das empresas fornecedoras de serviço terceirizado nessa área. De qualquer maneira, seu papel é extremamente abrangente, pois pode e deve atuar em vários níveis da gestão desse programa, tais como:

3) Quais são as atividades que o nutricionista desempenha neste programa?
• Definição dos parâmetros nutricionais: Requer conhecimento da população-alvo e suas deficiências nutricionais, comportamento, peculiaridades hábitos alimentares, nível sócio-econômico e outros.

• Planejamento de cardápios: Em função de vários parâmetros, é estabelecida a composição padrão do cardápio que será servido às crianças.

• Programação: A partir do cardápio estabelecido, é feita a programação de quantidades de produtos a serem adquiridos.

• Supervisão: Garante o cumprimento dos cardápios, o preparo correto da merenda e a manutenção da segurança higiênica e sanitária.

• Treinamento: O pessoal encarregado do preparo da merenda escolar (merendeiras) deve ser treinado e reciclado periodicamente.

• Análise de valor nutritivo: Garante o atendimento às determinações legais de oferta de nutrientes.

• Avaliação: Os programas de suplementação alimentar em geral e o de merenda escolar, em especial, têm sofrido poucas avaliações por parte dos órgãos gerenciadores. É de suma importância que se avalie o impacto da alimentação sobre os escolares, em relação ao estado nutricional, desenvolvimento, nível de aprendizagem, grau de retenção e evasão escolar.

• Testes de aceitabilidade: Os produtos a serem introduzidos no cardápio escolar devem ser avaliados sensorialmente, tanto em nível técnico, pelos profissionais do programa, como em campo, pelas crianças.

• Educação alimentar e nutricional: A escola é o ambiente ideal para tal atividade e a alimentação escolar é uma das principais ferramentas.

Além dessas atividades, de caráter gerencial, existem aquelas operacionais, que são executadas em qualquer serviço de alimentação para coletividades. Para tais atividades, o nutricionista é o profissional legalmente habilitado para supervisionar, coordenar e controlar sua execução: recebimento dos produtos; armazenamento dos gêneros alimentícios; pré-preparo, preparo e distribuição das refeições; e higienização e controle de qualidade.


Autor

Dra. Beatriz Tenuta



segunda-feira, 31 de maio de 2010

Área de Atuação do Técnico em Nutrição e Dietética

De acordo com a Resolução CFN Nº 312/2003, o Técnico em Nutrição e Dietética atua na área de alimentação, nutrição e dietética, como por exemplo:

- Restaurantes industriais e

comerciais

- Hotéis

- Cozinhas experimentais

- Creches

- Escolas

- Supermercados

- Hospitais

- Clínicas

- Asilos e similares

- Programas institucionais

- Unidades básicas de saúde e

similares.

Enfim, em todas as áreas de atuação do Nutricionista, na função de auxiliar de suas atividades.

domingo, 30 de maio de 2010

Áreas de atuação do Nutricionista


:: Alimentação Coletiva ::.

Pode atuar em: Empresas fornecedoras de serviços de alimentação coletiva (auto-gestão ou terceirizados); Restaurantes comercias e similares; Hotelaria e Hotelaria Marítima; Serviços de Buffet e de alimentos congelados; Comissarias; Cozinhas dos estabelecimentos assistenciais de saúde; Alimentação Escolar.


:: Nutrição Clínica ::.

Pode atuar em: Atenção nutricional individualizada realizada em hospitais e clínicas; Instituições de longa permanência para idosos; Ambulatórios e consultórios; Banco de leite humano; Lactários; Centrais de terapia nutricional, SPA; Atendimento domiciliar.


.:: Saúde Coletiva ::.

Pode atuar em: Planejamento em saúde; Atividade de alimentação e nutrição; Políticas e programas institucionais, Ações de alimentação e nutrição na atenção básica; Vigilância sanitária.

.:: Docência ::


Pode atuar em: Atividades de ensino de graduação, pós-graduação e nível médio (ensino técnico); Extensão; Pesquisa; Coordenação de cursos relacionados à alimentação e à nutrição.


.:: Indústria de Alimentos ::.

Pode atuar em: Atividades de desenvolvimento de produtos relacionados à alimentação e à nutrição humana; Serviços de atendimento ao consumidor.


.:: Nutrição em Esportes ::.

Pode atuar em: Academias; Clubes esportivos e similares; Consultórios de atendimento especializado.


.:: Marketing na área de Alimentação e Nutrição ::.

Pode atuar em: Atividades de marketing e publicidade científica relacionados à alimentação e à nutrição humana, direcionadas aos consumidores e aos profissionais da área.

sábado, 29 de maio de 2010

Leis regulam atividade de nutricionistas e médicos


Para entender a prescrição dietética, cabe ao nutricionista o planejamento dietético, elaborado com base nas diretrizes estabelecidas no diagnóstico nutricional. É o profissional que estabelece a composição qualitativa, quantitativa, o fracionamento e a forma de apresentação das preparações nutricionais aos pacientes.

O profissional da área de nutrição tem o respaldo da Lei nº 8.234, de 17 de setembro de 1991, no qual o inciso VII do art. 3º menciona que ele pode solicitar os exames laboratoriais que julgar necessários à avaliação, prescrição e evolução nutricional do paciente.

Este trecho da legislação dispõe como atividade específica do nutricionista a assistência dietoterápica hospitalar, ambulatorial e de consultórios de nutrição e dietética, prescrevendo, planejando e avaliando dietas para enfermos. O inciso VIII do art 4º (Lei nº 8.234) ainda atribui ao profissional a competência para solicitar exames laboratoriais necessários para o acompanhamento dietoterápico.

“É importante destacar que o nutricionista atua sempre levando em conta os aspectos globais do paciente, respeitando a bioética, desenvolvendo a assistência integrada à equipe multidisciplinar e aos diagnósticos, laudos e pareceres desenvolvidos pelos membros desta equipe”, comenta Dulce Lopes Barboza Ribas, membro da Comissão de Ética do Conselho Regional de Nutricionistas - 3ª Região (São Paulo e Mato Grosso do Sul).

Dulce completa que, ao solicitar exames laboratoriais, o nutricionista avalia adequadamente os critérios técnicos de sua conduta, ciente da responsabilidade em relação aos possíveis questionamentos decorrentes de sua atuação.

“Consideramos que inúmeras doenças podem e devem ser tratadas por vários profissionais de saúde, por vezes com uma atuação específica ou de forma articulada com as demais especialidades. Diante deste quadro, é dever de todos que se esforçam por melhorar a qualidade de saúde da população lutar para a ampliação do acesso à uma saúde integral e de qualidade”.

No Estado de São Paulo, os Conselhos da Saúde firmaram um compromisso que concede os direitos a todos os profissionais de saúde em fazer o diagnóstico, prescrição terapêutica e prognóstico em suas respectivas áreas de atuação.

A nova regulamentação da medicina

O CRN 3ª Região se posiciona de maneira clara com relação à luta e à garantia do atendimento à saúde de forma multidisciplinar, em favor da autonomia dos nutricionistas para emitir diagnósticos próprios de sua área de atuação e realizar a assistência dietoterápica, garantida por lei.

Seguindo este mesmo viés, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto que regulamenta a profissão do médico (PL 7703/06), que define as atividades privativas dos médicos, na forma do substituto da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, com emendas do relator e deputado Eleuses Paiva (DEM-SP).

Entre as emendas aprovadas, existe uma determinando que os diagnósticos psicológicos, nutricionais e socioambientais não são privativos dos médicos, assim como as avaliações comportamentais e das capacidades mental, sensoriais, perceptocognitiva e psicomotora.

“É preciso acompanhar de perto a proposta que tramita em regime de urgência. Entendemos que a população tem direito a livre acesso aos profissionais da saúde, sem que tenham de passar obrigatoriamente e em primeiro lugar por uma consulta médica”, defende Dulce.

Histórico do Projeto de Lei 7703/06

Em 2006, depois de muitos debates entre médicos e outros profissionais do setor, o PL 7703 foi aprovado no Senado Federal. Na Câmara, recebeu parecer favorável nas Comissões de Trabalho, Administração e Serviço Público e de Educação e Cultura. Em 14 de outubro, o projeto também foi aprovado, por unanimidade, na Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) da Câmara dos Deputados.

Em 21 de outubro, foi a vez da Câmara dos Deputados aprovar o projeto, que define as atividades privativas dos médicos. Até então, a profissão do médico era a única na área ainda sem regulamentação. Todas as 14 demais já possuem legislação própria.

O projeto retorna agora ao Senado para apreciação das alterações ocorridas durante sua tramitação na Câmara, mas não pode mais sofrer emendas. Depois disso, seguirá para sanção presidencial. A previsão é que esteja aprovado até o fim de novembro.


Autor(a): Chico Damaso

sexta-feira, 28 de maio de 2010


Nutrição é um processo biológico em que os organismo(animais e vegetais), utilizando-se de alimentos, assimilam nutrientes para a realização de suas funções.


A nutrição pode ser feita por via oral, ou seja, pela maneira natural do processo de alimentação, ou por um modo especial. No modo especial temos a nutrição enteral e a nutrição parenteral . A primeira ocorre quando o alimento é colocado diretamente em uma área do tubo digestivo através de sondas que podem entrar pela narina ou boca ou por um orifício feito por cirurgia diretamente no abdômen do paciente, juntamente com outro orifício gastro-intestinal usado no processo digestivo. A nutrição parenteral é a que é feita quando o paciente é alimentado com preparados para administração diretamente na veia, não passando pelo tubo digestivo (como o soro nas veias, quando se está impossibilitado de ingerir alimentos via oral).

A boa nutrição depende de uma dieta regular e equilibrada - ou seja, é preciso fornecer às células do corpo não só a quantidade como também a variedade adequada de nutrientes importantes para seu bom funcionamento. Os guias alimentares mais conhecidos são as pirâmides alimentares.

Todo ser vivo precisa se alimentar para sobreviver e se reproduzir. Mas, na espécie humana, a imensa capacidade de se adaptar a vários tipos de alimento - que faz do Homo sapiens a espécie de hábitos alimentares mais diversificados do planeta - foi fundamental para a sua evolução. Estudos indicam que um dos principais fatores que levaram nossos ancestrais a se distanciar da linhagem de seus parentes primatas foi a capacidade de se adaptar ao cardápio de diversos ambientes. Algumas teorias propõem, ainda, que o excepcional crescimento do nosso cérebro só se tornou possível graças à inclusão na dieta humana de alimentos protéicos e energéticos- particularmente, a carne. O uso do fogo também contribuiu para a evolução da espécie. Cozidos, os alimentos ficam mais fáceis de ser digeridos e, por consequência, a absorção dos nutrientes é maior.